quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Eu e os outros eus


Todos iguais, todos diferentes, todos indivíduos em um mar sem fim de indivíduos, todos pensam, todos concluem, todos, todos, ninguém, alguém. Se definir quem somos fosse fácil, talvez compreendêssemos mais das atitudes tomadas pelos seres. Eu, eu, eu e eu, cada eu diferente, cada eu mais fundo, mais escondido, eu que eu acho que é o meu eu, o eu que as pessoas acham que é o meu eu, o eu que eu sei que é o meu eu, mas prefiro não acreditar, o eu dos momentos ruins que revelam as piores facetas da humanidade, eu  e eu, todos eu, todos partes do mesmo ser, mas diferentes.
 Os seres humanos se confundem em sua vastidão de pensamentos, talvez pelo fato de em um momento pensar algo e em outro momento algo totalmente diferente, pelo fato de serem paradoxais, ou talvez pelo fato de que eles escolhem o que pensar, ou talvez pelo fato de que os seres humanos, que são só humanos, acreditam que cada humano pensa uma diferente coisa, que cada humano sente uma coisa diferente.  Dor, desespero, felicidade, satisfação, todos sentem, mas ainda acham que o que sentem é diferente, mas julgar para o ser humano é fácil, falar dos outros como seres humanos, parece grosseiro, parece excluir a si mesmo, mas todos fazem o mesmo, e dentro de todos existem vários outros, um oceano infinito de outros e outros.
 Todos chegam ao ponto de perguntar: Quem eu sou? E é neste momento que tudo desanda, por que é relativo, há pessoas que se declaram feliz, simpáticas, mas  por dentro são amargas e nada gentis, pessoas que dizem gostar da solidão, mas simplesmente não conseguem viver sem a companhia do próximo, pessoas que acham-se as melhores do mundo, mas que por dentro, ou até  mesmo por fora, são só mais simples pessoas iguais todas outras, esse é o detalhe da vida, as pessoas acham que são, elas não são. Elas, nós encobrem-se em suas diversas fachadas e pensamentos, talvez não coesos, talvez simplesmente rasos,  talvez mais profundos, talvez obscuro, e tecem uma trama que quanto mais se entra, mais se enrola, e já não existe mais uma fachada para cada eu, existe-se varias fachadas entremeadas, misturadas, enroladas, confusas, mal trabalhadas, em um único eu, e as pessoas ainda acham e continuam achando, e acham que o que acham que são é o que são.
 Todas são pessoas, todas se declaram, acham-se, veem-se, pesam em si, como diferentes, mas se todas acham que são algo então onde está a diferença? Todos somos nós, deixamos de ser eu, no momento em que manipulamos e forjamos nosso próprio ser, e é impossível mudar, mesmo sendo o que achamos ainda somos e seremos mais do que achamos, talvez achar-se e ser um dia ande fielmente de mãos dadas, talvez achar-se  e ser deixe de ser uma relação de conflito dentro de nós mesmos. 



Obs: Texto da Ângela, não meu.

Um eu de várias maneiras

Para algumas pessoas ter vários "eus", significa dupla personalidade, ou até duas caras. O "eus" que penso, é o eu que depende do momento, do dia, e da situação. Algumas pessoas conseguem manter o seu eu e não  deixam- o ser alterado por nada nem ninguém. Acredito que só temos um eu, mas o usamos de várias maneiras, que podem ser mal interpretadas ou bem interpretadas, por exemplo usamos um eu diferente com cada situação, como quando queremos conquistar alguém, ou quando queremos apenas conversar.









Eu mais Eu é igual a Eu

   É horrível pensar que pode haver vários de você dentro de você. Conhecemos nossos outros “eus” quando mudamos nossos humores e percebemos que agimos de forma que nunca pensaríamos agir. Isso não necessariamente é uma bipolaridade, mais sim a forma que nos adequamos a cada ambiente em que vivemos, situações e até mesmo as pessoas que estão ao nosso redor vão nos espirando a formar uma nova personalidade que não necessariamente é você.
      Usamos as coisas boas que vemos em outras pessoas para tentar formarmos nossa personalidade. Assim geramos vários de nós dentro de nós mesmos.
    Quando percebemos que estamos diferentes provavelmente é por um fator de humor. Agimos de forma feliz, estressada, frustrante, etc. Nesse momento podemos até para e pensar que... esse não era eu. Cada um tem vários de si mesmo dentro de si, só precisamos acha-los e nos adequarmos aos nossos melhores “eus” e unir tudo e formar um só eu...